A estrela V1787 Ori tem uma "companheira" menos massiva que o Sol
A estrela V1787 Ori, localizada a cerca de 1.260 anos-luz de distância da Terra, na região de formação de estrelas em Orion A, não parece estar sozinha: astrônomos da instituição Roy Arun of Christ, na Índia, realizaram um novo estudo em que relatam que a estrela tem uma acompanhante do tipo M, que é 60% menos massiva do que o Sol.
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Na verdade, a V1787 Ori é considerada uma estrela de classe Herbig Ae/Be, ou seja, é uma estrela jovem que pertence aos tipos espectrais A e B e está envolta por gás e poeira. Ela fica a cerca de 1.260 anos-luz de nós, tem menos de 10 milhões de anos de idade, e é uma estrela de pré-sequência principal, de tipo espectral A5 e massa que possivelmente equivale a 1,66 massas solares.
Observações anteriores sugeriam que uma das estrelas ao redor da V1787 Ori poderia estar associadas a ela; então, no novo estudo, os pesquisadores analisaram dados fotométricos coletados por outros estudos, como o Pan-STARRS e 2MASS, para confirmar este cenário — e, de fato, identificaram que havia uma estrela acompanhando o objeto: “neste estudo, nós descrevemos a detecção de uma grande companheira binária, a V1787 Ori B, para a estrela HAeBe V1787 Ori A", explicam os astrônomos no artigo.
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A V1787 Ori B está separada da V1787 Ori A por 2.577 unidades astronômicas (uma unidade astronômica é a distância média entre a Terra e o Sol), e parece ser do tipo espectral M5. Os astrônomos estimam que a V1787 Ori B tem por volta de 8,1 milhões de anos, uma idade que corresponde à da V1787 Ori A, que possivelmente é de cerca de 7,5 milhões de anos. As duas estrelas têm movimentos similares e, segundo o artigo, os dois objetos confirmam a existência de um sistema binário de estrelas de pré-sequência principal. Além disso, o estudo confirmou que a dupla faz parte da região de formação de estrelas L1641.
A massa da V1787 Ori B foi considerada equivalente a 0,39 massas solares, de modo que o sistema tem proporção de massa de aproximadamente 0,23. Essa é uma taxa de massa bem baixa, que raramente é encontrada entre os sistemas binários Herbig Ae/Be conhecidos. “Entretanto, como esse tipo de proporção de massa é visto entre binários do tipo A no campo e nas regiões de formação de estrelas, é muito possível que existam mais binários entre as estrelas de pré-sequência principal (PMS), como o sistema V1787 Ori”, apontam os autores no artigo.
Por fim, os autores propõem que o sistema V1787 Ori se formou pelo colapso do núcleo pré-estelar ou fragmentação em filamentos — e mencionam que os dados disponíveis ainda não permitem identificar o cenário da formação do sistema. Entretanto, não é possível confirmar essas hipóteses ainda, então será preciso realizar observações de comprimentos de onda variados do sistema para confirmar algum destes cenários.
O artigo com os resultados do estudo está disponível no repositório online arXiv, em formato pré-print.
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