Buraco enorme na camada de ozônio no Polo Norte fecha depois de um mês

Há quase um mês, a agência espacial europeia (ESA) divulgou um enorme e incomum buraco na camada de ozônio acima do Polo Norte. Incomum porque esse tipo de buraco costuma surgir todo ano, nessa época do ano, no Polo Sul, mas não costuma acontecer no Hemisfério Norte do planeta. Agora, o buraco enfim desapareceu.

A confirmação do fechamento do buraco em questão veio a partir de pesquisadores do Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS), serviço que monitora as condições atmosféricas na União Europeia:

A camada de ozônio é aquela parte da atmosfera terrestre que protege o planeta contra radiação ultravioleta, e buracos nessa camada permitem, então, que esses raios acabem entrando por ali, o que colabora para o aumento do efeito estufa, impactando as condições climáticas globais de maneira negativa.

O incomum buraco aberto sobre o Polo Norte no final de março surgiu quando condições igualmente incomuns de ventos prenderam o ar gelado acima daquela região por várias semanas. Esses ventos são os chamados "vórtice polar" e criaram uma "gaiola" circular de ar frio, levando à formação de nuvens de alta altitude na região. Tais nuvens, então, acabaram se misturando à poluição causada por nós, seres humanos, e elementos como cloro e bromo, misturados às nuvens, forram corroendo o gás ozônio presente ali. O resultado, portanto, foi um buraco gigantesco na camada de ozônio — seu tamanho era de aproximadamente três vezes o tamanho da Groenlândia.

E como foi que o buraco se fechou? Segundo pesquisadores do CAMS, no final da semana passada esse vórtice polar acabou se dividindo, criando, enfim, um caminho para que o ar rico em ozônio retornasse para lá. Com o ozônio "vencendo" a batalha, o buraco foi sendo preenchido ao longo dos dias, até finalmente ter sido fechado.

Ainda é cedo para saber se esse fenômeno, causando um grande buraco na camada de ozônio no Polo Norte, foi um caso isolado ou se é o início de uma nova e preocupante tendência para o planeta Terra. Já no Polo Sul, o buraco que anualmente surge na camada de ozônio segue esse ciclo há mais ou menos 40 anos, e continuará acontecendo no futuro próximo. Contudo, há quem esteja otimista de que esse buraco também começará a se fechar, aos poucos. É que dados de 2018 da Organização Meteorológica Mundial mostram que o buraco do Hemisfério Sul vem diminuindo entre 1% e 3% a cada década, desde o ano 2000 — e as previsões são de que ele deva se recuperar completamente lá pela década de 2050.

Leia a matéria no Canaltech.



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